A Cabana do Pai Tomás

Ogum é meu pai
Ogum é meu guia

De maneira respeitosa ouso dizer: Ogum é o Orixá da modernidade. De acordo com as lendas africanas, Ogum luta, vence a batalha e não se acomoda, vai além da luta. Nos dias atuais, um homem sem iniciativa e acomodado, depara-se com sérias dificuldades em todos os setores da sua vida.
A modernidade exige o dinamismo do Orixá guerreiro Ogum, um conquistador voraz, que não descansa sobre o resultado das suas vitórias, um eterno trabalhador, indomado e explosivamente criativo. Seus filhos costumam ser camaradas, alegres, obstinados, algumas vezes temperamentais, porém sempre sinceros, de uma franqueza tamanha, que em determinadas ocasiões, costumam ser considerados mal educados, rudes ou egoístas.

Homens modernos, os filhos de Ogum adoram as últimas novidades tecnológicas e no setor científico, podem desenvolver uma carreira vitoriosa e cheia de descobertas. Provavelmente se pesquisarmos sobre os grandes cientistas, descobriremos que grande parte deles é formada por legítimos filhos de Ogum.

Ferreiro e metalúrgico, Ogum tem a simplicidade como principal característica, quando o assunto é relacionado à oferendas e rituais. Divide com Exu, seu irmão, o individualismo e o gosto de entrar de cabeça numa luta ou guerra. Sincretizado com São Jorge e também com Santo Antônio, Ogum é reverenciado por nós médiuns, durante seu ponto cantado, com a mão direita levantada como se estivesse segurando a espada, e a mão esquerda ao peito, como um escudo.
Ogunhê!

Oração a São Jorge

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge,

para que meus inimigos tendo pés não me alcancem,

tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam

e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão,

facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar,

cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.